Sarna em cachorro – Sintomas e os tratamentos

Sarna em cachorro é uma das doenças mais conhecidas entre os tutores. Causada por ácaros que ficam na pele do cão, ela gera grande incômodo ao pet. Porém, sabia que existem diferentes tipos de sarna e cada um exige cuidados distintos?

A seguir, descubra quais são os tipos de sarna canina, como reconhecer os sintomas e o que fazer para seu filho de quatro patas não sofrer com a doença.

Tipos de sarna

Segundo a médica-veterinária da Petz, Dra. Tatiana Lina Santos, existem três tipos principais de sarna em cachorro. Cada um é causado por diferentes ácaros, que possuem características distintas. Confira.

Sarna demodécica

Também conhecida como sarna negra em cachorro, ela é causada pelo ácaro Demodex canis, um parasita que, normalmente, está presente na pele dos animais. Quando o pet está com baixa imunidade — o que ocorre em caso de estresse ou doença, por exemplo — o ácaro pode se proliferar, surgindo as manifestações clínicas típicas da sarna que ele provoca.

Nesse caso, o cão tem um tipo de sarna transmitida por outro animal em um lugar específico. As falhas de pelo podem ser localizadas, geralmente, aparecendo nos membros e na cabeça. Quando elas acometem mais de cinco pontos no corpo do cachorro, a doença passa a ser considerada generalizada.

Sarna sarcóptica

É uma das mais comuns entre os pets. Também conhecida como escabiose, é causada pelo Sarcoptes scabiei. Diferente do parasita da demodécica, este ácaro não é natural da própria pele. Por isso, esse tipo de sarna em cachorro só se manifesta quando há contato com o microrganismo.

Sarna otodécica

Também é conhecida como sarna de ouvido, causada pelo ácaro Otodectes cynotis. Como o nome indica, ela atinge a parte interna da orelha do pet. É contagiosa e só aparece se o cachorro tiver contato com um animal que tenha o parasita. Além disso, é muito comum entre os gatos.

Causas e formas de transmissão

Os diferentes tipos de ácaros causadores das sarnas chegam por caminhos diferentes à pele do cão. “Os parasitas da sarna demodécica são transmitidos de mãe para filho ainda no período de amamentação”, explica a Dra. Tatiana Santos. “No entanto, eles podem existir de maneira controlada na maior parte da vida do cachorro”, continua a especialista.

Em períodos de baixa imunidade, os ácaros proliferam-se, causando a chamada sarna negra. Já os tipos sarcópticos e a otodécicos são transmitidos a partir do contato com cachorros contaminados.

 

Sarna de cachorro atinge os humanos?

Uma das principais dúvidas entre os tutores é se a sarna de cachorro pega em humano. Então, anote aí: das três sarnas principais, somente a sarcóptica pode ser transmitida para as pessoas.

O problema é que, infelizmente, ela também é a sarna mais comum. Por isso, ao suspeitar da doença em seu amigo ou em qualquer outro cachorro, evite tocar no animal sem estar devidamente protegido com luvas.

Sintomas da sarna

Apesar de existirem diferentes tipos de sarna em cachorro, os sintomas costumam ser bem parecidos, sendo os principais:

  • alopecia (queda de pelo);
  • coceira (as lesões de sarna demodécica coçam quando já estão contaminadas por bactérias);
  • descamação;
  • escoriações;
  • feridas;
  • vermelhidão ou hiperpigmentação (a pele escurece);
  • odor forte;
  • perda de peso.

 

Por tratar-se de uma doença muito conhecida, é comum que os tutores queiram administrar algum remédio para sarna em cachorro sem orientações. Porém, ao notar qualquer um desses sintomas no animalzinho, um veterinário deve ser procurado imediatamente.

Como acabamos de ver, existem diferentes variedades da doença, que precisam de tratamentos específicos. Por isso, procure sempre a ajuda de um profissional e siga as indicações de forma correta!

Diagnóstico e tratamento

Os veterinários podem diagnosticar a sarna em cachorro por meio de exames clínicos. “O raspado de pele é o exame mais utilizado”, afirma a Dra. Tatiana Santos, que reforça a importância de um acompanhamento especializado. “Nesse caso, o profissional vai tentar localizar e identificar o ácaro usando o microscópio.”

Segundo ela, só um especialista sabe indicar como tratar sarna em cachorro de acordo com cada caso. “O tratamento é realizado por meio de medicações via oral, substâncias tópicas e até banhos com produtos específicos. Tudo vai depender da avaliação clínica feita pelo médico-veterinário”, conclui.

Como evitar sarna em cachorro

Para prevenir que seu filho de quatro patas tenha sarna, alguns cuidados são essenciais. Como pontos principais, podemos destacar:

  • necessidade de higienização do ambiente;
  • evitar que o pet tenha contato com cachorros contaminados;
  • evitar estresse e fornecer uma alimentação adequada, para garantir um bom sistema imunológico;
  • levar o animal somente em pet shops e clínicas confiáveis;
  • dar banho com regularidade em locais de confiança;
  • limpar as orelhas e os condutos auditivos;
  • caso o pet tenha contato com um cachorro contaminado, higienizar comedouros, bebedouros e brinquedos;
  • manter em dia o calendário de vacinação e vermifugação;
  • fazer acompanhamento regular com um médico-veterinário.

Para os pets que já foram contaminados e estão se recuperando, há alguns cuidados adicionais. Entre eles, a Dra. Tatiana sugere suplementos vitamínicos, para reforçar o sistema imunológico, e a substâncias de prevenção de parasitas, como pipetas ou comprimidos, encontrados em lojas especializadas.

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